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Estar preparado para responder o motivo da própria fé.

“Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,” 1 Pe 3,13 Eu não vou negar que para mim, e acredito não estar só nesse barco, medo e temor se confundem de um jeito que chega a doer. O motivo da nossa fé não deve ser o medo, jamais. Mas sim, um grande amor. Jesus não entregou sua vida para fazer comércio: “olha, eu morro por você, mas em compensação, você tem que seguir um livro de receitas, senão você vai pro inferno.” A idéia não era nos prender em correntes de medo da condenação, a idéia era nos fazer livres e felizes. “Conhecereis a verdade e a verdade vos livrará.” (Jo 8,32) Ele fez isso de graça. E fez isso porque Ele é, vocês sabem, Deus. Não foi a natureza humana de Jesus Cristo que sustentou um amor tão gratuito. O que não significa que nós, humanos, não tenhamos capacidade de amar de graça. Aí que esta o cerne da questão. A partir do momento que somos membros do corpo de Cristo, somos governados pelo mesmo Espírito. Ou sua mão e seu pé não obedecem ao comando do seu cérebro? São comandos diferentes, mas vem de mesmo lugar. “Fomos batizados num só Espírito, para formarmos um só corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito.” (1Cor 12,13). (Isso é grande). Por causa disso, e não porque somos pequenas partes de um Deus imenso, somos capazes de amar assim. Mas o difícil é nos livrar da compreensão humana que nos faz relacionar amor com sacrifício, com provas. Quem não precisa de provas de amor? Deus não precisa. O amor de Deus é de graça e assim Ele espera que o nosso seja. “Eu quero a misericórdia e não o sacrifício (Os 6,6)”. E não precisa ter medo, Deus não falha, Deus não joga ninguém no lixo. “Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem.” (Mt 7,11) É aprender a pedir e a receber. Eu ainda não sei. Mas é aprender a ouvir a "vozinha" que fala mais fundo que nosso próprio inconsciente. Pra fazer esse Deus, tão legal, feliz... E de graça. É aprender Deus, enxergá-Lo como Ele é, e deixar que nossas vontades se confundam com as dEle, não o contrário. É desejar, ardententemente, que nossa sabedoria seja a dEle, nossa compreensão, nossas convicções, nosso corpo, nossa alma. Que Ele inunde o que nós somos, de forma tão completa, tão absurda, que nós não caibamos mais. Que não haja espaço para o medo. Que só tenha o lugar dEle, que tudo seja Ele e Sua vontade, Seu sopro, tudo governe. Pois "o temor do Senhor é uma glória, um motivo de glória, uma fonte de alegria, uma coroa de regozijo. O temor do Senhor alegra o coração. Ele nos dá alegria, regozijo e longa vida. Quem teme o Senhor sentir-se-á bem no instante derradeiro, no dia da morte será abençoado." Eclo 1, 11-13. É isso mesmo, não podemos confundir temor (bíblico) com medo. Pois o temor, neste sentido, salva a alma e liberta a consciência. Se não tivéssemos temor do fogo, nos queimaríamos facilmente, mas podemos utilizá-lo para fazer nosso alimento e aquecer nossos corpos. O temor nos ensina a respeitar os "preceitos" do fogo, mas não nos impede de nos utilizarmos dele para o nosso conforto. O medo, a fobia, não nos ensina a respeitá-lo, mas nos tira a liberdade de seu uso e nos escraviza em nós mesmos. Temos que ficar atentos, no entanto, para uma característica do medo: ele nos confunde e se mistura com o temor para que nos afastando dele, que nos escraviza, nos afastemos também do temor, que nos salva. Certamente, é isso que precisamos aprender: fazer tudo pelo outro por temor a Deus e não por medo de perdermos algo. Blandina Lavor Barbosa Bezerra. Francisco Herbet Bezerra de Menezes. EQUIPE DO SITE


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