Semana Santa

Devocionário dedicado ao período da Semana Santa

Ofício de Trevas

Ofício de Trevas

OFÍCIO DE TREVAS

Com.: Oficio de Trevas, com já quinze séculos de existência, encerra as páginas mais veneráveis do antigo breviário. Ao recitá-lo nos sentimos invadidos de um respeito santo. A Igreja procura condensar nele os sentimentos que animaram o Salvador nos mistérios da sua Paixão.

Este antigo rito designa por alegoria que Jesus Cristo é a verdadeira luz do mundo. As velas acesas e que se vão extinguindo gradualmente representam a glória do Salvador que se vai apagando também com o vento implacável da ignomínia e dos trabalhos da Paixão.

Ao cabo duma agonia de três horas, Jesus morre e o mundo fica em trevas.

01. O cortejo processional (cruz e velas, sem incenso), os leitores, ministros e presidente revestido de capuz. Toca-se a matraca. O cortejo se aproxima em silêncio e faz três paradas (anunciadas pela matraca). A cada parada o presidente entoa: 

Cantar (3 vezes) uma vez a cada parada

P.: Cristo por nós foi tentado, sofreu e na cruz morreu
T.: Vinde todos e o adoremos? 

02. A última parada acontece no degrau do presbitério onde permanecem por um instante em profundo silêncio e oração. Após, o cortejo ocupa seu devido lugar e da sede o presidente inicia o Oficio com o intróito,

Todas as luzes acesas


INTRÓITO

P.: Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
T.: Socorrei-me, sem demora !
P.: Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
T.: Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

 


HINO

Ferido por cravos e espinhos
Chagado por meus pecados
Sou eu lança na mão
O soldado que feriu seu Sagrado Coração

Despido diante dos olhos da mãe que tanto o amou
Sou eu o beijo que o traiu
Toda a dor que ele sentiu
A cruz que ele carregou

Morreu pregado no madeiro romano
Por mim sofreu a dor de um simples humano
E por amor tomou meus pecados
E me fez digno de ter salvação
Crucificado por minha rejeição
Como uma rosa esmagada ao chão
E por amor tomou meus pecados
E me fez digno de ter salvação
Oooooh ooooooh oooooooooh

Despido diante dos olhos da mãe que tanto o amou
Sou eu o beijo que o traiu
Toda a dor que ele sentiu
A cruz que ele carregou

Morreu pregado no madeiro romano
Por mim sofreu a dor de um simples humano
E por amor tomou meus pecados
E me fez digno de ter salvação
Crucificado por minha rejeição
Como uma rosa esmagada ao chão
E por amor tomou meus pecados
E me fez digno de ter salvação
Oooooh ooooooh oooooooooh

 


A ORAÇÃO DO SENHOR

P.: Pai nosso que estais.... (Todos Sentados)

 


SALMO 21 - 1ª PARTE

Ant.: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?

- Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?
  e ficais longe de meu grito e minha prece? 

- Ó meu Deus, clamo de dia e não me ouvis,
Clamo de noite e para mim não há resposta!

- Vós no entanto, sois o santo em vosso Templo
  que habitais entre os louvores de Israel.

- Foi em vós que esperaram nossos pais;
  esperaram e vós mesmos os libertastes.

- Seu clamor subiu a vós e foram salvos;
  em vós confiaram e não foram enganados. .

- Quanto a mim, eu sou um verme e não um homem;
  sou opróbrio e o desprezo das nações.

- Riem de mim, todos aqueles que me veem,
  torcem os lábios e sacodem a cabeça:

- Ao Senhor se confiou, ele o liberte
e agora salve, se é verdade que ele o ama! 

- Desde a minha concepção me conduziste
e no seio maternal me agasalhaste. 

- Desde quando vim à luz vos fui entregue;
desde o ventre de minha mãe sois o meu Deus ! 

- Não fiqueis longe de mim, porque padeço
  ficai perto, pois não há quem me socorra! 

- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
  Como era, no princípio agora e sempre. Amém.

 

Ant.: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?

1ª e 2ª Vela – Apagar e algumas luzes da Igreja

 


SALMO 21 - 2ª PARTE

 

Ant.: Minha alma está triste até a morte.
Ficai aqui um pouco e velai comigo. 

- Por touros numerosos fui cercado
  e as feras de Basã me rodearam;

- escancararam contra mim as suas bocas,
  como leões devoradores a rugir. 

- Eu sinto como água derramada
  e meus ossos estão todos deslocados;

- como a cera se tornou meu coração,
  e dentro do meu peito se derrete.

- Minha garganta está igual ao barro seco, +
  minha língua está colada ao céu da boca
  e por vós fui conduzido ao pó da morte 

- Cães numerosos me rodeiam furiosos
  e por um bando de malvados fui cercado; 

- transpassaram minhas mãos e os meus pés
  e eu posso contar todos os meus ossos. 

- Eis que olham e me vendo se deleitam. +
  Eles repartem entre si as minhas vestes
  e sorteiam entre eles minha túnica.

- Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe,
  ó minha força, vinde logo em meu socorro 

- Da espada libertai a minha alma
  e das garras desses cães a minha vida!

 - Arrancai-me da goela do leão
  e a mim tão pobre, desses touros que me atacam!

 - Anunciarei o vosso nome a meus irmãos
  e no meio da assembleia hei de louvar-vos

- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

Como era, no princípio agora e sempre. Amém.

 

Ant.: Minha alma está triste até a morte.

Ficai aqui um pouco e velai comigo.

 

3ª e 4ª Vela – Apagar E ALGUMAS LUZES DA Igreja

  


SALMO 21 - 3ª PARTE 

Ant.: O meu amigo traiu-me com um beijo, este foi o pérfido sinal
daquele que perpetuou com um beijo um homicídio

- Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores; +
  glorificai-o, descendentes de Jacó,
  e respeitai-o toda a raça de Israel!

- Porque Deus não desprezou nem rejeitou
  a miséria do que sofre sem amparo;

- não desviou do humilhado sua face,
  mas o ouviu quando gritava por socorro.

- Sois meu louvor em meio à grande assembleia;
  cumpro meus votos ante aqueles que vos temem!

- Vossos pobres vão comer e saciar-se, +
  e os que procuram o Senhor o louvarão
  “seus corações tenham a vida para sempre!”

- Lembram-se disso os confins de toda a terra,
  para que voltem ao Senhor e se convertam

- e se prostrem, adorando, diante dele
  todos os povos e as famílias das nações.

- Pois ao Senhor é que pertence a realeza;
  ele domina sobre todas as nações

- Somente a ele adorarão os poderosos,
  e os que voltam para o pó o louvarão.

- Para ele há de viver a minha alma,
  toda a minha descendência há de servi-lo;

- às futuras gerações anunciará,
  o poder e a justiça do Senhor,

- ao povo novo que há de vir, ela dirá:
   "Eis a obra que o Senhor realizou!“

- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
   Como era, no princípio agora e sempre. Amém.

Ant.: O meu amigo traiu-me com um beijo, este foi o pérfido sinal
daquele que perpetuou com um beijo um homicídio

5ª e 6ª Vela – Apagar luzes da Igreja –

 

 


1ª LEITURA:

 

DAS LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS,

PROFETA. 3, 1-21

Eu sou o homem que conheceu a dor, sob a vara de seu furor. Conduziu-me e me fez caminhar nas trevas e não na claridade. Ele não cessa de voltar a mão todos os dias contra mim. Consumiu a minha carne e minha pele, partiu meus ossos. Em torno de mim acumulou veneno e dor. Fez-me morar nas trevas como os mortos do tempo antigo. Cerceou-me com muralhas sem saída, carregou-me de pesados grilhões. Não obstante meus gritos e apelos sufocou a minha prece. Fechou-me a vereda com pedras e obstruiu o meu caminho. Foi ele para mim qual urso de emboscada, qual leão traiçoeiro. Desviou-me para me dilacerar, deixando-me no abandono. Retesou o arco e me tomou para alvo de suas setas. Cravou em meus rins as flechas de sua aljava. Tornei-me escárnio do meu povo, objeto constante de suas canções. Saturou-me de amarguras, saciou-me de absinto. Quebrou-me os dentes com cascalhos, mergulhou-me em cinzas. A paz foi roubada de minh'alma, nem sei mais o que é felicidade. E eu penso: perdi minha força e esperança no Senhor. A lembrança de meus tormentos e minhas misérias é para mim absinto e veneno. A pensar nisso sem cessar, minha alma desfalece dentro de mim. Eis, porém, o que vou tomar a peito para recuperar a esperança. (Não se diz: "Palavra do Senhor")

 Responsório

P.: Cristo se fez por nós obediente até a morte e morte de cruz.
T.: Reconhecido exteriormente como homem e, humilhou-se obedecendo até a morte. Até a morte humilhante numa cruz, por isso Deus o Pai o exaltou.

 

 


TRISÁGIO

 

Toca-se a matraca e todos se ajoelham de frente para o Altar,

P.: O Deus Santo.
T.: Ó Deus Santo. 

P.: Santo e Poderoso
T.: Santo e Poderoso

P.: Santo imortal, tende piedade de nós!
T.: Santo imortal, tende piedade de nós!

 

 


SALMO 22

 

 

Ant.: Aquele que coloca comigo a mão no prato,
esse mesmo me há de trair.

- O Senhor é o pastor que me conduz;
   não me falta coisa alguma. 

- Pelos prados e campinas verdejantes
   ele me leva a descansar. 

- Para as águas repousantes me encaminha
e restaura as minhas forças. 

- Ele me guia no caminho mais seguro,
   pela honra do seu nome. 

- Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
   nenhum mal eu temerei, 

- estais comigo com bastão e com cajado;
   eles me dão a segurança! 

- Preparais à minha frente uma mesa,
   bem à vista do inimigo 

- e com óleo vós ungis minha cabeça;
  o meu cálice transborda. 

- Felicidade e todo bem hão de seguir-me
   por toda a minha vida; 

- e, na casa do Senhor habitarei
  pelos tempos infinitos. 

- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
  Como era, no princípio agora e sempre. Amém.

Ant.: Aquele que coloca comigo a mão no prato,
esse mesmo me há de trair. 

7ª e 8ª Vela – Apagar Luzes da Igreja

 

 


JEREMIAS 14, 17-21

 

 

Ant.: Não pudestes vigiar uma hora comigo,
vós que vos animáveis em morrer por mim? 

- Em lágrimas desmanchem-se os meus olhos,
  chorando dia e noite sem parar! 

- Pois eis que à virgem, filha do meu povo,
  aflige grande dor e grande chaga. 

- Mortos à espada vejo pelos campos;
  se entro na cidade, eis os famintos. 

- Os próprios sacerdotes e profetas
  vagam pelo país, sem compreenderem. 

- Repelistes Judá sem remissão?
  De Sião desgostou-se a vossa alma? 

- Por que então de tal modo nos feristes,
  que nos tirais a mínima esperança? 

- Esperávamos paz, e a paz não veio;
  queríamos a cura, e eis o terror 

- Confessamos, Senhor, nossa impiedade, +
  de nossos pais a culpa conhecemos,
  pecamos na verdade contra vós. 

- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant.: Não pudestes vigiar uma hora comigo,
vós que vos animáveis em morrer por mim? 

09ª Vela – Apagar

 

 


SALMO 115

 

 

Ant.: Pai, se é possível afasta de mim este cálice,
contudo não se faça/a minha vontade, mas a tua. 

- Guardei a minha fé, mesmo dizendo:
  É demais o sofrimento em minha vida! 

- Confiei, quando dizia na aflição:
  "Todo homem é mentiroso! Todo homem!" 

- Que poderei retribuir ao Senhor Deus
  por tudo aquilo que ele fez em meu favor? 

- Elevo o cálice da minha salvação,
  invocando o nome santo do Senhor. 

- Vou cumprir minhas promessas ao Senhor,
  na presença de seu povo reunido. 

- É sentida demais pelo Senhor
  a morte de seus santos, seus amigos. 

- Eis que sou vosso servo, ó Senhor, +
vosso servo que nasceu de vossa serva;
Mas me quebrastes os grilhões da escravidão!

- Por isso oferto um sacrifício de louvor,
  invocando o nome santo do Senhor. 

- Vou cumprir minhas promessas ao Senhor
  na presença de seu povo reunido; 

- nos átrios da casa do Senhor,
  em teu meio, ó cidade de Sião! 

- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant.: Pai, se é possível afasta de mim este cálice,
contudo não se faça/a minha vontade, mas a tua. 

10ª Vela – Apagar

 

 


2ª LEITURA:

 

DO CANTO DO SERVO SOFREDOR

ISAÍAS 53,1-12

Quem poderia acreditar nisso que ouvimos? A quem foi revelado o braço do Senhor? Cresceu diante dele como um pobre rebento enraizado numa terra árida; não tinha graça nem beleza para atrair nossos olhares, e seu aspecto não podia seduzir-nos. Era desprezado, era a escória da humanidade, homem das dores, experimentado nos sofrimentos; como aqueles, diante dos quais se cobre o rosto; era amaldiçoado e não fazíamos caso dele. Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido. por Deus e humilhado. Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas: chagas. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, seguíamos cada qual nosso caminho; o Senhor fazia recair sobre Ele o castigo das faltas de todos nós. Foi maltratado e resignou-se; não abriu a boca, como como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador. (Ele não abriu a boca). Por um iníquo julgamento foi arrebatado. Quem pensou em defender sua causa, quando foi suprimido da terra dos vivos, morto pelo pecado de meu povo? Foi-lhe dada sepultura ao lado de facínoras e ao morrer achava-se entre malfeitores, se bem que não haja cometido injustiça alguma, e em sua boca nunca tenha havido mentira. Mas aprouve ao Senhor esmagá-lo pelo sofrimento; se ele oferecer sua vida em sacrifício expiatório, terá uma posteridade duradoura, prolongará seus dias, e a vontade do Senhor será por ele realizada. Após suportar em sua pessoa os tormentos; alegrar-se-a de conhecê-lo até o enlevo. O justo, meu Servo, justificará muitos homens, e tomará sobre si suas iniquidades. Eis por que lhe darei parte com os grandes, e ele dividirá a presa com os poderosos: porque ele próprio deu sua vida, e deixou-se colocar entre os criminosos, tomando sobre si os pecados de muitos homens, e intercedendo pelos culpados. (Não se diz "Palavra do Senhor").

Responsório: 

P.: No monte das Oliveiras, Jesus orou ao Pai e disse:
Pai se é possível afastai de mim este cálice

T.: O Espírito é forte, mas a carne é fraca

P.: Velai e orai para não entrardes em tentação

T.: O Espírito é forte, mas a carne é fraca

 

 


TRISÁGIO

 

Toca-se a matraca e todos se ajoelham de frente para o Altar

 

P.: Ó Deus Santo.
T.: Ó Deus Santo. 

P.: Santo e Poderoso
T.: Santo e Poderoso 

P.: Santo imortal, tende piedade de nós!
T.: Santo imortal, tende piedade de nós!

 

 

OSÉIAS 6,1-6

Ant.: Colocaram-lhe sobre a cabeça a razão da condenação;
Jesus Nazareno, Rei dos Judeus. 

- Vinde voltemos todos ao Senhor;
  se nos feriu, irá também salvar-nos; 

- porá ungüento sobre as nossas chagas;
  e na sua presença viveremos. 

- Por conhecer a Deus tudo façamos,
  pois sua vinda é certa, como a aurora. 

- Ele virá a nós qual aguaceiro,
  chuva primaveril regando a terra. 

- Que farei eu por ti, ó Efraim?
E tu Judá, que vou fazer por ti?" 

- Pois vosso amor é névoa matutina,
  orvalho da manhã que se evapora. 

- Por isso vos puni pelos profetas,
  matei-vos com palavras dos meus lábios. 

- Eu quero o amor e não o sacrifício,
  e a ciência de Deus mais que o holocausto." 

- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant.: Colocaram-lhe sobre a cabeça a razão da condenação;
Jesus Nazareno, Rei dos Judeus. 

11ª ª Vela – Apagar

GÁLATAS 2,16-20

 

Ant.: Pai, em tuas mãos * eu entrego o meu espírito.

- Ninguém se justifica pela prática da Lei,
  mas somente pela fé em Jesus Cristo 

- Nós cremos em Jesus Cristo,
  e por esta fé seremos salvos 

- Pela fé, eu morri para a Lei a fim de viver para Deus
  Estou pregado a cruz de Cristo,

- eu vivo mas já não sou eu.
  É Cristo que vive em mim,

- Minha vida eu a vivo pela fé no Filho de Deus,
  que me amou e se entregou por mim. 

- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant.: Pai, em tuas mãos * eu entrego o meu espírito.

12 ª Vela – Apagar - Tudo no escuro

 

FILIPENSES 2,6-1F

 

Ant.: O céu escureceu * quando crucificaram o Senhor. 

- Nosso Senhor Jesus Cristo, de natureza divina.
  Não exigiu ser tratado na qualidade de Deus 

- Mas despojou-se ele mesmo, tomando a forma de servo,
  igual aos homens em tudo e simples homem julgado. 

- Quis humilhar-se a si próprio,
  e obediente mostrou-se até a morte de cruz. 

- Por isso Deus o exaltou e o distinguiu com um nome,
  que a todo, nome supera. 

- Ao nome pois de Jesus, todo o joelho se dobre,
no céu, na terra e no inferno. 

- E toda língua proclame, para o esplendor de Deus Pai,
  que Jesus Cristo é o Senhor. 

- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant.: O céu escureceu * quando crucificaram o Senhor.

Todos permanecem de pé, os ceroferários com as velas acompanham a Proclamação do Evangelho

Aclamação: A palavra que vem do Senhor, nos libertará

 

EVANGELHO LUCAS 22, 39-46:

JESUS ORA NO MONTE DAS OLIVEIRAS

 

Como de costume, Jesus foi para o monte das Oliveiras, e os seus discípulos o seguiram. Chegando ao lugar, ele lhes disse: "Orem para que vocês não caiam em tentação". Ele se afastou deles a uma pequena distância, ajoelhou-se e começou a orar: "Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua". Apareceu-lhe então um anjo do céu que o fortalecia. Estando angustiado, ele orou ainda mais intensamente; e o seu suor era como gotas de sangue que caíam no chão. Quando se levantou da oração e voltou aos discípulos, encontrou-os dormindo, dominados pela tristeza. "Por que estão dormindo?", perguntou-lhes. "Levantem-se e orem para que vocês não caiam em tentação!" Enquanto ele ainda falava, apareceu uma multidão conduzida por Judas, um dos Doze. Este se aproximou de Jesus para saudá-lo com um beijo. Mas Jesus lhe perguntou: "Judas, com um beijo você está traindo o Filho do homem?". Ao verem o que ia acontecer, os que estavam com Jesus lhe disseram: "Senhor, atacaremos com espadas?" E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, decepando lhe a orelha direita. Jesus, porém, respondeu: "Basta!" E tocando na orelha do homem, ele o curou. Então Jesus disse aos chefes dos sacerdotes, aos oficiais da guarda do templo e aos líderes religiosos que tinham vindo procurá-lo: "Estou eu chefiando alguma rebelião, para que vocês tenham vindo com espadas e varas? Todos os dias eu estive com vocês no templo e vocês não levantaram a mão contra mim. Mas esta é a hora de vocês - quando as trevas reinam". Palavra da Salvação. 

Após a proclamação do Evangelho, toca-se a matraca e todos se ajoelham de frente para o Altar e após um momento de silêncio, entoa-se o triságio. 

P.: Ó Deus Santo.
T.: Ó Deus Santo. 

P.: Santo e Poderoso
T.: Santo e Poderoso 

P.: Santo imortal, tende piedade de nós!
T.: Santo imortal, tende piedade de nós!

Após o triságio, retira-se o candelabro triangular para leva-lo para Sacristia (função dos cerimoniários).

 

 


COLETA

 

Dado o sinal, todos se levantam, (se for o caso e acende-se uma parte da luz da Igreja) e realiza-se a coleta. Enquanto isso, pode-se cantar um cântico.

 

P.: Na semana santa vemos a oferta de cristo pela salvação da humanidade. Ofereçamos um pouco de nós para a missa evangelizadora da Igreja. 

Cristo levou sobre Si as nossas dores
Ele levou sobre Si as nossas transgressões
O castigo que nos traz a paz estava sobre ele
E por Suas chagas fomos sarados

Ele tomou sobre Si as nossas maldições
Ele sofreu para que tivéssemos perdão
O Seu sangue derramou para nos resgatar das trevas
E nos lavar de toda iniquidade

Jesus, pão da vida
Jesus, luz do mundo
Príncipe da paz
Maravilhoso conselheiro
Fonte de eternidade e amor

Jesus, Deus Emanuel
Jesus, Santo dos santos
Árvore da vida, rio que brota do trono de Deus
Alegria profunda no meu coração

Ele tomou sobre Si as nossas maldições
Ele sofreu para que tivéssemos perdão
O Seu sangue derramou para nos resgatar das trevas
E nos lavar de toda iniquidade

Jesus, pão da vida
Jesus, luz do mundo (Ele é o príncipe).

Príncipe da paz
Maravilhoso conselheiro
Fonte de eternidade e amor

Jesus, Deus Emanuel, Deus Emanuel...
Deus aqui conosco
Para nos curar

Recebe adoração, Jesus
És digno de louvor, Jesus, Jesus, recebe adoração

Enquanto ocorre a coleta, os ministros preparam o altar para a distribuição da Sagrada Comunhão (corporal, sanguinho, âmbulas e livro).

 

 


RITO DA COMUNHÃO

 

Ao término da coleta, toca-se a matraca para a acolhida do santíssimo e após o translado, o presidente convida a comunidade a rezar o Pai Nosso.

 

P.: Rezemos com amor e confiança a oração que Jesus nos ensinou.
T.: Pai nosso...
P.: Eu sou a Luz do mundo e quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
T.: Senhor, eu não sou digno (a) que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo (a). 

Enquanto se distribui a comunhão entoam-se cânticos. Após a mesma, realizam-se as purificações e tendo recolhido a âmbula com as hóstias consagradas, apagam-se as velas do Altar.

 

 


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

 

P.: Ó Deus, que pelo mistério pascal do vosso Filho unigênito, levastes à plenitude a obra da salvação dos seres humanos, concedei-nos que, proclamando com fé a morte e a ressurreição do vosso Filho nos sinais do sacramento, sintamos crescer continuamente em nós a graça da vossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.

T.: Amém.

 

 


PROCISSÃO COM A CRUZ

 

A frente do Altar o presidente despe os paramentos, à exceção da túnica, reveste o manto vermelho: toma a cruz às costas (na porta principal da igreja) e inicia a procissão, onde por três vezes, repetindo o gesto de Jesus, tomba ao chão com a Sagrada Cruz. Durante a procissão canta-se os Lamentos do Senhor ou Impropério e toca-se a matraca. 

Impropério:

  1. Que foi povo meu; que te fiz? Jamais te deixei sem defesa. Fui Eu que te fiz infeliz? Te esqueces da minha presteza?

Deus Santo, Deus forte, Deus imortal,

olhai deste povo a fraqueza, piedade, livrai nos do mal

  1. Te lembras do Egito, que dor? E Eu te tirei com mão firme. É agora me vens com furor? E queres com a lança ferir-me.

  2. Do Nilo mudei água em sangue, rasguei Mar Vermelho e passastes. E quando eu bem mais que exangue, meu lado, de um golpe rasgaste!

  3. Fartei com maná teu deserto, da pedra te dei água pura; e agora me zombas, de perto, na sede me dás amargura!

  4. Só tive palavras de alento, e quis boa terra te dar... Não pude te ver ao relento: e insultos gritaste sem par?

  5. Fui simples, sereno semblante, e a vida te dei, dom supremo, de ti me ocupei incessante... E tu me acusaste blasfemo?

  6. Falei pelos fracos sem medo, curei, perdoei, fui tua luz. E tu, com torpe segredo, a mim reservaste uma cruz!

Ao retornar ao presbitério, o presidente entrega a cruz e depõe o manto vermelha pela estola e capa e dirige-se à sede.

Entoa-se a antífona e duas pessoas reentram vindos da porta principal com o candelabro aceso, andando devagar, à medida que for passando as luzes (da Igreja) vão sendo acesas e coloca-o no seu lugar.

Enquanto isto, a comunidade, bate nos cadeirais para significar com este ruído que o Senhor Ressuscitou, tocam as matracas, chocalhos e batem nos bancos para fazer o máximo de barulho possível.

 

Vitória, tu reinarás, ó cruz tu nos salvarás! Vitória, tu reinarás, ó cruz tu nos salvarás!
- Nós vamos à cidade, e lá eu irei sofrer Serei crucificado, Mas hei de reviver!
- Vocês não são do mundo, Do mundo os escolhi! Se o mundo os odeia Primeiro odiou a mim!
- Vocês vão ter no mundo, tristezas, E aflição, Mas eu venci o mundo, Coragem e vencerão!
- Se grão, que cai na terra, Não morre, fica só se morre, Germina e cresce, seu fruto, Será maior!
- Pois era necessário um só, Sofre por todos e, assim, os Separados formarem um só povo Vitória, tu reinarás, ó cruz tu nos salvarás!

Vitória, tu reinarás, ó cruz tu nos salvarás! Vitória, tu reinarás, ó cruz tu nos salvarás!

 

 


ORAÇÃO CONCLUSIVA

 

P.: Ó Deus que fizestes vosso Filho padecer o suplício da cruz para arrancar-nos à escravidão do pecado, concedei aos vosso servos e servas a graça da ressurreição. Por nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

T.:Amém.

 

AVISOS

 


BÊNÇÃO FINAL

 

P.: O Senhor esteja convosco.
T.: Ele está no meio de nós. 

Obs: Inclinai-vos para receber a bênção 

P.: O Pai de misericórdia, que vos deu um exemplo de amor na paixão do seu Filho, vos conceda, pela vossa dedicação a Deus e ao próximo, a graça de sua bênção.
T.: Amem. 

P.: O Cristo, cuja morte vos libertou da morte eterna, conceda-vos receber o dom da vida.
T.: Amem. 

P.: Tendo seguido a lição de humildade deixada pelo Cristo, participeis igualmente de sua ressurreição.
T.: Amém. 

P.: Abençoe-vos Deus todo-poderoso: Pai e Filho e Espírito Santo.
T.: Amém. 

P.: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
T.: Graças a Deus. 

Obs: Todos se retiram e pode-se entoar um cântico 

 

 


EXPLICAÇÃO DO CERIMONIAL DO OFÍCIO DAS TREVAS

 

O ofício de trevas é cantado ao cair da noite. Um candelabro é colocado. Uma vela é de cor branca e todas as outras são feitas de cera amarela e comum, como sinal de luto e pesar.

Esta celebração, além do uso das matracas, também é caracterizada pela presença de um candelabro com 15 / 13 ou 9 velas denominado tenebrário. As quinze velas representam os onze apóstolos, as três Marias e a Virgem Maria, ou seja, aqueles que acompanharam Jesus.

As velas que vão sendo apagadas representam os discípulos, que pouco a pouco abandonaram Nosso Senhor Jesus Cristo durante a Paixão.

A vela branca é escondida atrás do altar e, mais tarde, outra vez visível, significa Nosso Senhor que, por breve tempo, se retira do meio dos homens e baixa ao túmulo, para reaparecer, pouco depois, fulgurante de luz e de glória.

As luzes do templo que também são apagadas simbolizam o luto da Igreja e a escuridão que baixou sobre a terra quando Nosso Senhor morreu.

No final de cada um dos Salmos que vão sendo cantados, o cerimonialiário apaga uma das velas, ao mesmo tempo em que as luzes da igreja vão sendo apagadas também.

As velas vão sendo apagadas sucessivamente, até restar apenas uma, a branca. 

Esta vela não será apagada. 

Continua acesa e será levada para trás do altar ( Sacristia), e depois reaparece fica escondido atrás do altar, simbolizando a entrada de Jesus no túmulo e a permanência da Igreja à espera da Luz que surgirá na Vigília Pascal

No fim, apagam-se como luzes para simbolizar o luto da Igreja e, em seguida, o seu Senhor morreu.

O som não é violado e a perturbação dos inimigos é grave e desculpe-se a natureza, com uma morte de Nosso Senhor. Por isso é comum que os participantes batam nos bancos da Igreja, fazendo um barulho ensurdecedor.

Quando a última vela é apagada, todas as luzes da igreja se apagam e tanto os fiéis quanto o celebrante tocam as matracas, chocalhos e batem nos bancos para fazer o máximo de barulho possível.

O barulho no final do ofício significa o terremoto e a perturbação dos inimigos e recorda a desordem que sucedeu na natureza, com a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.


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Paróquia São Francisco de Assis

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